sábado, 21 de agosto de 2010

máquinas obrigatórias de voto

A chamada campanha eleitoral segue no Tocantins o tom uníssono de todo país: candidatos despreparados, que nada sabem do que seja política e que portanto jamais poderão cuidar adequadamente da pólis e dos interesses dos cidadãos. Isso com o agravante de um punhado que burla a lei (especialidade própria e imensamente difundida pelos tais) para se impor candidato. Ex-governadores e ex-parlamentares degenerados, assaltantes da verba pública, dados a toda sorte de bandidagem para fazer fortuna, multiplicar patrimônio, agenciar seus pares e parentes. O cinismo e o sarcasmo generalizado parecem ter se tornado a única alternativa possível diante do caos político a que somos lançados permanentemente. Quanto mais pilantra e indígno o pretendente mais êxito alcança nas famigeradas máquinas obrigatórias de voto. Que equação amalucada esta a que nos submetemos. Quanto mais sofisticado o processo de escolha, pior o resultado? Será este um sistema isento de falhas e fraudes, como se alardeia? As eleições hoje se dão como se o eleitor comprasse pela internet um produto e recebesse em casa outro – de qualidade inferior e ainda mais caro. A sociedade tinha que ter assegurada cada vez mais participação nesse processo e não ser apenas a que aciona um botão ou a que está restrita aos limites operatórios da votação: ser mesário, fiscal, observador etc. É duro saber que o bandido que saqueou seus bens, sua casa, seus direitos e oportunidades está de volta. E que fará tudo de novo impunemente. A lei da ficha limpa parece estar longe de ter posto fim a isso.


ney ferraz paiva, de Palmas, esse deserto, dessa comarca do nada...

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