quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Boaventura de Sousa Santos no Fórum Social Mundial/2012
Se o papel da crise é apontar a necessidade de refletir, o discurso sobre a crise deve ultrapassar sua própria constatação, sob pena de ser apenas um apelo sem eco, sem ressonância e, ao contrário, acabar por afirmar que não há saída; ou seja: imobilizar o próprio movimento crísico. Esta saída não é a solução ou a utopia, mas aquilo que é vital para a existência em seu devir, que é primeiro continuar vivo existindo. Para além da vontade asfixiante de uma democracia de classes, que preserva o que há de mais grotesco e desumano em nome do conforto de meia dúzia de bem nascidos!

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