sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CAI MAIS UM MINISTRO EM BARRELA, A REPÚBLICA SUJA


PACO – (bem nervoso) Eu não roubei! Eu não roubei! Eu não roubei! (começa a chorar) Não roubei! Porra, nunca fui ladrão! Nunca roubei nada! Juro! Juro! Juro que não roubei! Juro!


Plínio Marcos, Dois perdidos numa noite suja


Ministro do Esporte desde maio de 2006, quem não lembra da tapioca comprada por Orlando Silva com cartão do governo - o episódio chegou a ser mencionado na CPI dos Cartões Corporativos. Só agora o ministro recebe cartão vermelho por roubo de dinheiro público.
Diga-se de passagem, essa antiga modalidade de esporte, meter a mão no dinheiro público, é a que terá maior número de atletas duranate as preparações da copa de 2014: ministros, governadores, secretários, prefeitos, partidos, banqueiros, empresários - todos muito dedicados e habituados à prática do jogo sujo!!!
Em toda essa situação, uma ou duas questões ficam bem evidentes: os partidos são os "donos" dos Ministérios. É através deles que os apoios e ajudas de campanha são saldados à juros altíssimos pagos pela população. Todo partido de olho nos milhões de reais de cada Ministério. E não tem puta pobre nesse rolo.
Aldo Rebelo, que até outro dia se desdobrava para atuar na defesa e aprovação de "seu" Código Florestal, é na verdade, político polivalente e de dotes "excepcionalmente" atléticos na relação entre o fazer, o ser, o ver e o dizer. Logo, longe está do PCdoB e do próprio Aldo a falsidade e o caráter pernicioso da indicação e do que se propõe com o "novo" nome ilibado a que rapidinho se chegou.
Que todo político da República de Barrela é duplo, não é novidade. Todos senpre muito dispostos a fazer duas coisas ao mesmo tempo. É próprio da "natureza" dos políticos de Barrela. Você nunca sabe do que são capazes - sabe que são capazes de tudo.
Em certo sentido, isso diz tudo: em Barrela só se é político pela impossibilidade de se fazer outra coisa. Ele sabe que ficará "encarcerado" em Brasília, a capital federal de Barrela, mesmo assim aceita o martírio. Transitando entre a Esplanada e o apezinho básico das superquadras, ele se manterá ocupado aí até o fim do mandato.
A grande cena pública da política de Barrela é o político ser pêgo com a mão na butija. Ele sabe que essa nunca será uma cena comum. Terá tempo para explicar-se, e se sua atuação não convencer, jamais será preso, jamais terá que devolver um único centavo. Sai no lucro e disposto e cotado a outro cargo.
Em Barrela - ninguém mais nocivo, periculoso e desprovido de alma. Até a alma negociam. Mas reparem, com licitação. Em Barrela nada é mais sério, cívico e civilizado que a burocracia. Aldo Rebelo tem tudo para "bater" um bolão...

Ney Ferraz Paiva

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